EM - GEOMETRIA ANALITICA – CONICAS

Professor Diminoi
GEOMETRIA ANALITICA – CONICAS

Introdução
Chamamos de cônicas as curvas geradas ou encontradas na intersecção de um plano que atravessa um cone.

Estudaremos as seguintes cônicas:

Elipse
: definida na interseção de um plano que atravessa a superfície de um cone;


Parábola
: também definida na intersecção de um plano que penetra a superfície de um cone;


Hipérbole: definida na interseção de um plano que penetra num cone em paralelo ao seu eixo.
Elipse
Considerando, num plano a, dois pontos distintos, F1 F2 e, sendo 2a um número real maior que a distância entre F1 e F2, chamamos de elipse o conjunto dos pontos do plano a tais que a soma das distâncias desses pontos a F1 F2 seja sempre igual a 2a.

Exemplo
Sendo PQRSF1 e F2 pontos de um mesmo plano e F1F2 < 2a, temos:


A figura obtida é uma elipse. Observações:
1ª) A Terra descreve uma trajetória elíptica em torno do sol, que é um dos focos dessa trajetória. A lua em torno da terra e os demais satélites em relação a seus respectivos planetas também apresentam esse comportamento.
2ª) O cometa de Halley segue uma órbita elíptica, tendo o Sol como um dos focos.
3ª) As elipses são chamadas cônicas porque ficam configuradas pelo corte feito em um cone circular reto por um plano oblíquo em relação à sua base.

Elementos
Observe a elipse a seguir. Nela, consideramos os seguintes elementos:
focos : os pontos F1 e F2 
centro: o ponto O, que é o ponto médio de
- semi-eixo maior: a
- semi-eixo menor: b
- semidistância focal: c
- vértices: os pontos A1A2B1B2
- eixo maior:
- eixo menor
- distância focal:

Relação fundamental
Na figura acima, aplicando o Teorema de Pitágoras ao triângulo OF2B2 , retângulo em O, podemos escrever a seguinte relação fundamental:
a2 = b2 + c2

Excentricidade
Chamamos de excentricidade o número real e tal que:
Pela definição de elipse, 2c < 2a, então c < a e, consequentemente, 0 < e < 1.

Observação: quando os focos são muito próximos, ou seja, c é muito pequeno, a elipse se aproxima de uma circunferência.

Equações da elipse
Vamos considerar os seguintes casos:
a) elipse com centro na origem e eixo maior horizontal
Sendo c a semidistância focal, os focos da elipse são F1(-c, 0) F2(c, 0):
Aplicando a definição de elipse 
Obtemos a equação da elipse:

b) elipse com centro na origem e eixo maior vertical
Nessas condições, a equação da elipse é:

Hipérbole
Considerando, num plano a, dois pontos distintos, F1 e F2 e, sendo 2a um número real menor que a distância entre F1 e F2, chamamos de hipérbole o conjunto dos pontos do plano tais que o módulo da diferença das distâncias desses pontos a F1 e F2 seja sempre igual a 2a.

Eexemplo
Sendo PQRSF1 e F2 pontos de um mesmo plano e F1F2 = 2c, temos:


A figura obtida é uma hipérbole.
Observação: os dois ramos da hipérbole são determinados por um plano paralelo ao eixo de simetria de dois cones circulares retos e opostos pelo vértice:

Elementos
Observe a hipérbole representada a seguir. Nela, temos os seguintes elementos:
- focos: os pontos F1 F2
- vértices: os pontos A1 e A2
- centro da hipérbole: o ponto O, que é o ponto médio de
- semi-eixo real: a
- semi-eixo imaginário: b
- semidistância focal: c
- distância focal:
- eixo real: 
- eixo imaginário:

Excentricidade
Chamamos de excentricidade o número real e tal que:
Como c > a, temos e > 1.

Equações da hipérbole
Vamos considerar os seguintes casos:
a) hipérbole com centro na origem e focos no eixo Ox
F1 (-c, 0)
F2 (c, 0)

Aplicando a definição de hipérbole:

Obtemos a equação da hipérbole:

b) hipérbole com centro na origem e focos no eixo Oy
Nessas condições, a equação da hipérbole é:

Hipérbole equilátera
Uma hipérbole é chamada equilátera quando as medidas dos semi-eixos real e imaginário são iguais:
a = b

Assíntotas da hipérbole
Assíntotas são retas que contêm as diagonais do retângulo de lados 2a e 2b.
Quando o eixo real é horizontal, o coeficiente angular dessas retas é
Quando é vertical, o coeficiente é

Equação
Vamos considerar os seguintes casos:
a) eixo real horizontal e C(0, 0)
As assíntotas passam pela origem e têm coeficiente angular
Logo, suas equações são da forma:

b) eixo vertical e C(0, 0)
As assíntotas passam pela origem e têm coeficiente angular
Logo, suas equações são da forma:

Parábola
Dados uma reta d e um ponto F (F não pertence a d) , de um plano a, chamamos de parábola o conjunto de pontos do plano equidistantes de F e d.

Exemplo
Sendo FPQ e R pontos de um plano a e d uma reta desse mesmo plano, de modo que nenhum ponto pertença a d, temos:


Observações:
1ª) A parábola é obtida seccionando-se obliquamente um cone circular reto:
2ª) Os telescópios refletores mais simples têm espelhos com secções planas parabólicas.
3ª) As trajetórias de alguns cometas são parábolas, sendo que o Sol ocupa o foco.
4ª) A superfície de um líquido contido em um cilindro que gira em torno de seu eixo com velocidade constante é parabólica.

Elementos
Observe a parábola representada a seguir. Nela, temos os seguintes elementos:
- foco: o ponto F
- diretriz: a reta d
- vértice: o ponto V
- parâmetro: p

Então, temos que:
o vértice V e o foco F ficam numa mesma reta, o eixo de simetria e.

Assim, sempre temos
DF = p
V é o ponto médio de 

Equações da parábola
Vamos considerar os seguintes casos:
a) parábola com vértice na origem, concavidade para a direita e eixo de simetria horizontal
Como a reta d tem equação
E na parábola temos:
P(x, y);
dPF = dPd ( definição);
Obtemos, então, a equação da parábola:
y2 = px

b) parábola com vértice na origem, concavidade para a esquerda e eixo de simetria horizontal
Nessas condições, a equação da parábola é:
y2 = 2px

c) parábola com vértice na origem, concavidade para cima e eixo de simetria vertical
x2 = 2py

d) parábola com vértice na origem, concavidade para baixo e eixo de simetria vertical
x2 = - 2py


Continua ...